quarta-feira, 28 de abril de 2010

Talvez eu seja azarada...



... ou estranha, ou incrivelmente exigente.

Eu comecei a trabalhar em empregos em que tinha poucos colegas, depois passei para um emprego em que, durante 3 anos, trabalhei com umas 30 pessoas. Hoje trabalho com muita, muita gente (a este ritmo a seguir vou ser a presidenta de todos vós) e tenho a dizer-vos que, se tivesse uma empresa, uma coisita modesta, e tivesse que contratar alguém, que já trabalhou comigo, só consideraria 6 pessoas.

E se nenhuma pudesse, e fosse obrigada a escolher um ex-colega, só consideraria mais umas 10 pessoas.

A produtividade em Portugal é baixa, muito baixa, a qualidade do trabalho é suficiente menos porque o trabalho não azeda e isto não é do meu pai. Existe uma cultura do não vou fazer muito senão eles habituam-se por isso vou, discretamente, trabalhar 4h em vez de 8h.

Acreditem que isto já me perturbou muito mais e que só falo disto por causa do Pec e do Défice e da Grécia, que não saem das notícias.

Nada vai mudar enquanto não for do entendimento geral que não se inventou o trabalho para levarmos uns ordenados de merda para casa, trabalhamos porque se não o fizermos podemos nos mudar para a caverna mais próxima e apanhar as frutas das árvores.
Nada que nos rodeia existiria se alguém não tivesse trabalhado, nada! Nem a comida, nem a roupa, nem o carrinho, nem o pc, nem a tv, nem o baton, nem a casinha, nem a caminha, nem os medicamentos, nem a água na torneirinha, nem a playstation, nem NADA!

(já vos disse que entro de férias sábado? ^ ^)

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