terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga

É importante que percebamos que não é possível continuar no mesmo rumo, no mesmo tipo de acção e pensamento dos últimos 100 anos. Só uma mudança nos salvará da auto-destruição, e não, não acredito em profecias ou em destino (pelo menos não da forma como é retratado, mas isso é outra história).

Os efeitos da acção do mundo ocidental no clima podem ser controversos ou há quem queira que eles sejam controversos, mas há uma coisa que não é, sequer, discutível : o nosso planeta não suportaria que todos os seus habitantes, neste momento, tivessem um nível de vida igual ao do Ocidente. Não seria suportável se todos os habitantes tivessem a mesma capacidade de produzir lixo, de consumir carne, de utilizarem carros, shampoos, lacas, etc. Os nossos oceanos ficariam mortalmente imundos, as florestas desapareceriam totalmente e o ar seria impossívelde respirar.

O Ocidente, que se considera tão mais evoluído e que construiu a sua riqueza da forma como agora quer impedir os outros de o fazerem - através da exploração de terras que não eram suas, da escravatura, da guerra, e da destruição dos recursos naturais -, vê-se agora numa situação insustentável, ou muda, ou torna-se cruel suficiente para condenar a maioria dos habitantes do planeta à pobreza extrema e arcando com os resultados dessa acção - nunca viver em paz, esperando sempre o ataque de quem nada tem a perder. As hipóteses são simples:
  • Colocar a nossa tecnologia a serviço da criação de produtos verdadeiramente biodegradáveis -substitutos do papel, da madeira, do plástico, dos tecidos, dos produtos de limpeza,etc,
  • Mudar a nossa tendência ao desperdício de toda a ordem,
  • Consumir menos carne,
  • Substituir cada vez mais o petróleo por energias renováveis, nos carros, nas fábricas, nas nossas casas, em todo lado

Acredito que se houvesse uma mudança de mentalidade, o mundo entenderia que tudo isto deveria ser feito em conjunto. Os produtos novos, amigos do ambiente, deveriam ser mais baratos e com o tempo os únicos legais e também deveriam ser aqueles a ser introduzidos nos países pobres.

Não me venham dizer que isto é uma utopia porque ninguém me convence que seres que criam naves espaciais e tecnologias extra ordinárias não conseguem arranjar um substituto para o papel. Na verdade, o que não conseguimos é deixar de colocar a ganância em primeiro lugar!

Acreditem que adoro o conforto e que sou consumista, não é disso que temos que abrir mão, temos é que exigir um mundo que não seja controlado pelos interesses de grandes multinacionais e pela ideia de que tudo é permitido em nome do lucro.

(ai, ai, este post ficou longo... ups -.-)

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