Ai Colleen, que cabecinha a tua!

Ando com azar nos livros... eu que gosto de quase tudo, vou no quarto livro, em pouco tempo, que me está a custar ler.

Primeiro foi o «Nunca me Esqueças» de Lesley Pearse, bem escrito, de leitura fácil, com uma história, inspirada num caso verídico, que retrata o pior de uma época. É tão dramático, tão dramático, que fiquei a meio - é que eu já tenho uma posição relativamente à história da Humanidade um pouco, digamos, vincada, que se continuasse a ler o livro ainda me tornaria menos tolerante com certas opiniões, que andam por aí. Além disso sofria de graves ataques de raiva enquanto lia o livro, e espumar da boca, no metro, fica um bocado mal.

Depois foi um livro do Paulo Coelho... acho que era «O vencedor está só», só o terminei porque era pequeno. Este senhor confunde-me, adoro alguns livros dele e odeio outros, adorei o que li antes, «A bruxa de Portobello». Mas este, oh God...

Depois foi «A Fúria Divina» do José Rodrigo dos Santos, fiquei a um quarto do livro... por algum motivo, não me apetece lê-lo. Não me cativou...

E agora estou a tentar ler «O Primeiro Homem de Roma» de Colleen McCullough... e estou esgotada!! É que eu curto muito livros na Roma Antiga mas é impressionante a capacidade daquela mulher para descrever, ao pormenor, a política romana, e utilizar centenas de personagens, sendo que as personagens têm vários nomes - Públio Cornélio Rufo e Lívia Drusa, por exemplo. A sério, a senhora Collen deve ser um génio, segundo li, primeiro foi jornalista, depois professora, depois neurofisiologista e finalmente encontra a sua vocação na escrita. E que escrita meus amigos! São 897 páginas com direito a mapas, referências históricas e duas páginas a enumerar as personagens principais (note-se a palavra chave - principais) ... se chegar ao fim com neuónios aviso. Eu até estou a gostar mas exige um nível de concentração um nadita elevado, quase que parece que estou a estudar ou assim.