Adeus, 2010...

Não me deixas muitas saudades, foste um ano de desafios importantes mas díficeis e que me deixou um gostinho a estagnação. 

Foste um ano em que estive psicologicamente melhor, que nos dois anos precedentes, mas cansaste-me com tanto desafio pessoal e profissional. Aparentemente ultrapassei-os com sucesso mas só o futuro dirá se assim foi (se o desafio se repetir, igualzinho, é porque não tirei dele a lição necessária).

Não foi um ano muito divertido nem muito emocionante.

A saúde deixou-me um bocado mal, no último mês, mas como dizem, nunca pior, nunca pior.

Parece-me que perdi uma amiga de mais de uma década... e não sei porquê, que é o que custa mais. Outra afastou-se, por circunstâncias da vida, espero que volte em breve. 

Continuei na penúria económica, mas nunca pior (estou uma portuguesa perfeita, com estas saídas, não estou?).

Foi um ano de maior aceitação pessoal, deve ser dos trinta.

Não gostei de fazer 30, por falar nisso, e vou gostar ainda menos de fazer 31.

Mas se tivesse que eleger o que predominou na minha vida este ano, tenho que dizer que foi a impaciência, não só a do meu mau feitio mas, principalmente, uma impaciência relativamente à minha vida, uma vontade de mudar tudo e a sensação de não puder mudar nada e do destino também nada alterar.

Um sentimento de estagnação e de ter as mão atadas, de lutar e lutar apenas para não perder o que tenho mas sem alcançar nada, sem viver a vida que quero viver, sem ser quem quero ser.

Por tudo isto, venha então 2011, melhor para mim e para todos vós!