quinta-feira, 19 de julho de 2012

A vida bela do "dolce far niente" terminou...

...e para eu não fazer aquele número de pessoa relaxada e, sem stress, no regresso à labuta, o meu pessoal, colegas fofos e preocupados que não querem que eu faça aquela figura triste de permanecer zen durante os primeiros 15 minutos do primeiro dia de trabalho, resolveram inovar... e ligar-me várias vezes nos dias que antecederam o meu regresso e lançarem bombas atrás de bombas, cada uma mais mal-cheirosa que a outra.

Eu bem tentei explicar que preferia ficar stressada no décimo quinto minuto do primeiro dia de trabalho do que 48horas antes mas fui solenemente ignorada.

E como quando eu penso que a coisa bateu no fundo esse fundo cede e eu descubro que há outro fundo mais pantanoso resolvi tomar a única atitude possível...

Não, não me demiti, fui muito mais além e escrevi um documento, que depois dobrei bastante para poder andar com ele no bolso, com as seguintes palavras:

CALMA (sem stress, respira)


SILÊNCIO (vou-me remeter à minha insignificância e calar-me)


PACIÊNCIA (Deus, perdoai-os que não sabem o que fazem)


AUTOPRESERVAÇÃO (Não me vou chatear, lá lá lá)


BOSS DAH (Vai ficar por fazer, a não ser que contrate a Nossa Senhora de Fátima, e mesmo assim)


Acho que foi a solução mais adulta que consegui arranjar para suportar este regresso. 

Agora só tenho que tirar o papelinho do bolso e lê-lo a cada 30 segundos e tudo correrá bem.


(Valha-me a segunda semaninha de outubro que ainda me resta de férias... mesmo.)

(O papel não está assinado e está escrito em letra de imprensa, só para o caso de eu o perder...)

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