sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ainda não decidi...

...se isto é mais cómico ou trágico.

«Segundo escreve a agência oficial KCNA, “até a natureza está de luto pela morte de Kim Jong-Il”, e cita testemunhos de populares que afirmam ter assistido ao súbito derreter do gelo no lago de Chon, perto do vulcão Monte Paektu, na terra-natal do falecido líder. O estrondo foi tal que, diz quem viu, “parecia fazer tremer o céu e a terra”. Toda a montanha ficou coberta por uma misteriosa e brilhante aura, relataram ainda as testemunhas.
No mesmo local, uma tempestade de neve formou-se do nada e, tal como apareceu, desapareceu de repente. Da sua passagem, ficou, inscrita numa rocha, a mensagem: ”Monte Paektu, montanha sagrada da revolução. Kim Jong-il”.

Mas há mais: em Hamhung, no norte do país, uma garça azul foi vista a “vergar-se de dor” aos pés de uma estátua do ‘Querido Líder’.»


Este líder supostamente semi-divino ou nomeado pelos céus é algo praticamente transversal nas sociedades, até há poucos séculos, eram assim os faraós, os imperadores, os reis e a maioria dos líderes. Desta forma o seu poder era mais facilmente legitimado e, muitas vezes, eles próprios eram crentes nessa sua natureza semi-divina, por isso, o que acontece na sociedade fechada da Coreia do Norte não é nada de extraordinário, mas para a sociedade globalizada atual assistir a isto é rídiculo e bizarro.

É engraçado como o que é totalmente aceite, durante séculos, por sociedades distintas e sem conato, é visto hoje como bizarro e rídiculo.

Faz-me pensar o que todos fazemos agora será considerado incompreensível e estúpido daqui a 500 anos.



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