Não é minha filha mas com ela aprendi o que é o amor incondicional, um sentimento transbordante, diferente de tudo o resto que não se entende até se sentir.
Percebi o que é desejar a felicidade de alguém acima da nossa.
E percebi que é um sentimento que não se controla, nasce dentro de nós no momento em que vemos aquele ser pequenino e fica gravado, sem que nada possamos fazer para evitar.
Seis aninhos de vida... parece que foi ontem que soube que ela ia existir (já existia do tamanho de um feijão).
Parece que foi ontem que nasceu, um dia antes do aniversário da pessoa que mais amei antes dela, a minha avó materna. Há tanto dela que é igual, a mesma carência, a mesma suavidade, a mesma necessidade de protecção e carinho mas também o mesmo amor pelos animais, a mesma vivacidade, a mesma sensibilidade. Mas não pensem que me apaixonei por ela ser parecida com alguém porque ela ganhou o meu coração quando ainda era um feijãozinho, previsto ser um carneirinho de sexo ainda desconhecido.
Percebo que se pense que amaria (amarei) mais um filho meu mas tal parece-me impossível neste momento porque não sei se suportaria um amor mais profundo. ♡